O computador que nasceu do lixo

Num galpão de 1.800 metros quadrados, 22 trabalhadores recrutados em uma favela das redondezas conseguem produzir um computador que custa R$ 199,00, com capacidade de acesso à internet e garantia de um ano. A máquina começa, neste ano, a ser vendida para estudantes universitários, em 24 prestações. A inspiração do negócio não saiu dos planos de laboratórios de engenharia americanos que propuseram o computador de U$ 100,00. Saiu literalmente do lixo.

Na década de 1950, Jair Martinkovic tinha 9 anos de idade e morava num cortiço na zona norte de São Paulo. Para ganhar uns trocados, revendia latas e garrafas encontradas no lixo. Mas não vendia por peso.

Montou no quintal de sua casa uma pequena oficina de remanufatura, transformando os objetos descartados em produtos de valor. “Assim eu conseguia mais dinheiro.” Como naquela época muitos animais circulavam, especialmente pela periferia, ele vendia esterco embalado. Era motivo de piada, chamado na rua de “Jair Merdeiro”. Está aí a base do negócio que ele inventaria, muitos anos depois, para vender computadores baratos.

Jair descobriu cedo o talento de comerciante. Como vendedor de uma loja, conseguiu pagar a mensalidade de uma faculdade privada e se formou em contabilidade.  Muito tempo depois, montou uma empresa de processamento de dados (Planac) e, com o tempo, vendeu equipamentos de informática – aceitava, como parte do pagamento, máquinas antigas.

 

By: Catraca Livre

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4 comentários: on "O computador que nasceu do lixo"

Nanael Soubaim disse...

Esperem até descobrirem que qualquer boa retífica pode construir um motor do zero, muito carro tido como "sucata" pela incompetência burocolatra voltará a ser zero quilômetro.

Newdelia disse...

Eles sabem, falta é interesse.
Prá que economizar?

cRiPpLe_rOoStEr a.k.a. Kamikaze disse...

Era motivo de chacota, mas hoje em época de economia em equilíbrio precário e preocupações com a poluição faz todo sentido.

Newdelia disse...

Lixo só tem o nome feio. Dele se extai muita riquesa. Basta trabalhar prá isso. Um bom exemplo é SPFW. Até a moda usa lixo.

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