Economistas rebatem tese dos anos 70 de que aumento da renda não necessariamente gera maior satisfação pessoal. Incrível, né?
Depois da Segunda Guerra Mundial, a economia japonesa passou por uma das maiores expansões que o mundo já viu.
Entre 1950 e 1970, a produção econômica per capita cresceu mais de 700%. O Japão, em apenas algumas décadas, transformou-se de nação devastada pela guerra em um dos países mais ricos do planeta.
No entanto, estranhamente, os cidadãos japoneses não parecem ter se tornado mais satisfeitos com as suas vidas. De acordo com uma pesquisa, a porcentagem de pessoas que responderam da maneira mais positiva possível quanto ao seu grau de satisfação pessoal na verdade caiu entre o final dos anos 50 e o começo dos 70. Os japoneses enriqueceram, mas aparentemente não se tornaram mais felizes.
O contraste se tornou um exemplo famoso da teoria conhecida como Paradoxo de Easterlin. Em 1974, Richard Easterlin, economista que então lecionava na Universidade da Pensilvânia, publicou um estudo no qual argumentava que o crescimento econômico não necessariamente propiciava mais satisfação.
As pessoas de países pobres, e isso não deve causar surpresa, tornavam-se mais felizes quando passavam a ser capazes de arcar com o custo dos produtos cotidianos. Mas, para além disso, ganhos adicionais pareciam simplesmente redefinir os padrões. Para expressar a questão em termos cotidianos, ter um iPod não torna uma pessoa mais feliz, porque, quando ela o tem, passa a desejar um iPod Touch. A renda relativa -os ganhos de uma pessoa em comparação com os de pessoas que a cercam- importa bem mais que a renda absoluta, escreveu Easterlin.
Mas agora o Paradoxo de Easterlin está sob ataque. Na semana passada, na Brookings Institution, em Washington, dois jovens economistas -coincidentemente da Universidade da Pensilvânia- apresentaram uma refutação da teoria.
No estudo, Betsey Stevenson e Justin Wolfers argumentam que dinheiro tende a trazer felicidade, mesmo que não a garanta. "A mensagem central é que a renda faz diferença," diz Stevenson.
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