Crianças e adolescentes: transplantes

As crianças e os adolescentes passam ter a prioridade na fila dos transplantes no Brasil. O anúncio foi feito ontem pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, com a justificativa de que"os pacientes com menos de 18 anos têm maior expectativa de vida".

Ele lembrou que "uma criança ou um adolescente tem a expectativa de vida mais ampliada - e atendendo esses jovens se estará, em tese, permitindo que ele viva mais 40, 50 ou 60 anos".

Atualmente, crianças de até 12 anos já têm o tratamento diferenciado em iniciativas isoladas, como para transplante de fígado. O Ministério da Saúde informou ainda que pretende incorporar ao trabalho do Sistema Único de Saúde a cirurgia de retirada e processamento de pele, que é uma ação inédita no sistema. Segundo o ministério, o transplante de pele é indicado para tratar grandes queimaduras.

A ideia é agilizar e criar órgãos de assessoria técnica, distribuídos por todo o Brasil, para auxiliar os coordenadores hospitalares e os médicos na identificação e no manejo adequado nos casos de morte encefálica, que é cada vez mais rara porque as pessoas se cuidam mais.

A partir de agora, pessoas que tenham alguma doença transmissível como, por exemplo, a hepatite C podem doar para pacientes que sofram da mesma enfermidade. O mesmo se aplicará com quem tenha hepatite, doença de Chagas, pneumonias e infecções leves.

Também estão previstos mecanismos de controle, como a exigência de que os pacientes mantenham suas fichas atualizadas na lista de transplantes, mostrando que estão em condições de receber o órgão ou tecido.

Um novo sistema informatizado permitirá que os pacientes consultem sua posição na lista de espera. Até o final de 2010, o governo promete investir R$ 24,1 milhões com as mudanças. Uma das principais alterações é que o valor pago à equipe envolvida nos procedimentos de captação dos órgãos vai dobrar. O novo regulamento aponta que a retirada de um coração, que tinha um custo de R$ 585, passará a ter uma verba de R$ 1.170.

As principais mudanças:

* Menores de 18 anos passam a ter prioridade na hora de receber órgãos de doadores da mesma faixa etária.
* Menores de 18 anos poderão se inscrever na fila de transplante de rim antes de ter um quadro de insuficiência renal e começar a fazer hemodiálise.
* Ficou autorizada a possibilidade de doação de pessoas com doenças transmissíveis como hepatite, doença de Chagas, pneumonias e infecções leves para quem tenha o mesmo problema.
* Será criado um site no qual pacientes poderão consultar sua posição na fila de espera com uma senha. O novo sistema estará disponível até o fim de dezembro.

By: Xeret@


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