Até que a saúde nos separe

 

Serviços 'vip' incluem chef de cozinha, mordomo e até 'menu' de chinelos. Hospital de São Paulo investiu R$ 5 milhões em uma ala para a 'classe A'.

 

"Aceita uma água Perrier, senhor? Gostaria de analisar nosso menu de travesseiros e chinelos? Que tipo de música ambiente o senhor prefere ouvir? Quer que eu traga o seu 'Herald Tribune'?"

Frases como essas podem ser ouvidas rotineiramente em alguns dos principais hospitais particulares brasileiros, principalmente para quem faz parte do seleto público de renda alta e/ou muito prestígio que é cada vez mais disputado pelo setor.
Segundo hospitais e especialistas consultados pelo G1, adotar práticas de atendimento dignas de hotéis cinco e seis estrelas é estratégia utilizada pelos grandes grupos do segmento hospitalar para conquistar paciente, família e médicos da classe A.

Para ter acesso a esses serviços, não basta ter plano de saúde: todos os serviços são pagos de maneira particular. As institituições não revelam os preços dos serviços, que são definidos de acordo com o que o paciente precisar (em termos médicos) e solicitar (em conforto).

"No Brasil, a competição entre as instituições hospitalares está também em usar esse tipo de recurso [de hotelaria de luxo] para atrair pacientes e médicos. Principalmente aquele médico que leva a clientela dele para se internar ou operar no hospital", afirma o presidente da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Henrique Salvador.
Instituições como o Nove de Julho, Copa D’Or, Sírio Libanês e Paulistano investem em "mimos" reservados para os pacientes considerados vips. Os agrados incluem enxoval sofisticado, quarto automatizado, quadros de pintores renomados, manicure e mais todo tipo de serviço que o internado pedir ao mordomo ou à governanta. Desde que, claro, o “capricho” solicitado não interfira no tratamento clínico.

"Muitos hospitais descobriram esse nicho e estão investindo nele. O paciente que fica no hospital passa o dia inteiro nas instalações, e tais facilidades têm um impacto muito positivo não só no paciente, mas na família", diz Salvador.


Fidelização?


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