Cirurgiões da UC Davis Medical Center conseguiram transplantar com sucesso músculos artificiais nos olhos de pacientes com paralisia facial, restaurando sua capacidade de piscar. O resultado da experiência poderá ajudar, em um futuro próximo, milhares de pessoas que não conseguem fechar os olhos ou mexer a região ocular após derrames, ferimentos ou cirurgias faciais mal-sucedidas. Em breve, a mesma técnica usada nos olhos poderá ser adaptada para outras regiões do corpo. Os detalhes do procedimento estão na edição de janeiro da revista "Archives of Facial Plastic Surgery".
No novo procedimento, médicos usaram músculos artificiais feitos com polímeros de silicone e pequenos eletrodos. A tecnologia, conhecida como EPAM (músculos artificiais feitos com polímeros eletroativos, na sigla em inglês), é promessa na área de reabilitação facial. Os polímeros eletroativos agem como músculos verdadeiros, expandindo ou contraindo de acordo com ajustes de voltagem.
Para o cirurgião plástico Travis Tollefson, especialista em reconstrução facial e um dos coordenadores da pesquisa, além de devolver parte da expressão facial aos pacientes, a tecnologia ajuda a proteger a saúde ocular. Piscar é essencial para a lubrificação dos olhos e pacientes que perdem a capacidade de piscar ficam sujeitos a infecções e úlceras na córnea, que eventualmente podem cegar.
A tecnologia deve ser testada em breve em outras regiões do corpo. Para Tollefson, isto significa que pacientes paralisados poderão voltar a mexer a boca, sorrir, ou até mesmo voltar a ter controle da bexiga. Os primeiros testes foram feitos com a face porque os músculos desta área exigem menos força para mexer. É mais fácil piscar, por exemplo, do que levantar o braço. Por enquanto, o novo método ainda está em fase de testes, mas se o ritmo das pesquisas continuar como o esperado, a tecnologia estará disponível para pacientes em cinco anos.
By: O Globo.
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