"Eu sei que parece impossível, mas acho que estamos quase lá." A declaração, dada ontem pelo cientista Paulo Takeshi, chefe do Laboratório de Pesquisa Genética da Unicamp, foi recebida com ceticismo pela imprensa especializada. Em palestra a pesquisadores do Brasil inteiro, Takeshi apresentou os mais recentes resultados do trabalho ao qual vem se dedicando nos últimos trinta anos: conceber, in vitro, a primeira cantora heterossexual da Música Popular Brasileira. Takeshi esclareceu que os avanços conseguidos nos últimos dois anos são caudatários do Projeto Genoma, que decodificou o mapa genético das cantoras brasileiras. "Descobrimos que 99,7% do código genético delas é igual ao do Alexandre Frota, do Fabio Junior e do Renato Gaúcho. Se conseguirmos diminuir em 49,7% esta porcentagem, teremos chances reais de produzir uma cantora heterossexual", exlicou o pesquisador. Pela primeira vez, o Laboratório de Pesquisa Genética trabalhou com uma equipe multidisciplinar.
Os pesquisadores Takeshi e Aguiar entre fotografias de experimentos infrutíferos. Previsão é de que o primeiro resultado bem sucedido ocorra antes da III Guerra Mundial
Takeshi disse que o projeto deve muito à contribuição do antropólogo e historiador Lourenço Aguiar, autor do livro "Minoria Heterossexual na MPB Feminina". Aguiar tem deixado claro que a manipulação genética é parte da solução, mas há fatores sociais que também precisam ser levados em conta. "Veja bem, nos primórdios, havia grandes cantoras heterossexuais na musica brasileira. A Chiquinha Gonzaga gostava de homem, a Carmem Miranda gostava de homem, a Nara Leão era heteressexual." O historiador acredita que é preciso saber exatamente por que as cantoras lésbicas começaram a dominar a nossa música a partir da década de 80. "O que aconteceu naquele período? Qual o mistério?", perguntou à platéia silenciosa. Estudos publicados na universidade Berkeley, EUA, indicam que o fenômeno é concomitante à chegada de Nelson Motta na direção da gravadora Warner. "É uma hipótese interessante", especulou Aguiar, "Nelson Motta é heterossexual militante. Quem sabe as cantoras não sofreram uma mutação para protegê-las do charme irresistível dele? Vocês já viram aqueles óculos escuros? Como resistir? Pensem: elas eram cantoras. Era natural que quisessem ser reconhecidas pelo talento musical, e não por eventuais dotes secundários. Pode ter havido uma readaptação da espécie, algo como os anfíbios que mudam a cor da pele para fugir do predador." Takeshi e Aguiar batizaram esse comportamento sócio-genético-sexual de "darwinismo bossa nova".
Em notícia paralela, a Fundação Soros anunciou que suspenderá o financiamento do Laboratório de Genética da USP, que há mais de dez anos vem tentando sem sucesso desenvolver um Paulo Maluf sem contas no exterior.
By: Revista Piauí
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