Padre pedófilo da cadeia para a Índia.

Disque denúncia surpreende.

 

A Igreja católica da Alemanha, depois dos escândalos ocorridos nos internatos e com crianças do coral da catedral de Ratisbona, colocou à disposição um “disque denúncia”.

A quantidade de chamadas surpreendeu. Na semana que antecedeu o domingo de Páscoa, de terça a quinta-feira (endoenças), foram realizados 394 colóquios telefônicos. Pelo correio eletrônio, via internet, ocorreram 91 contatos. Segundo divulgado pela agência Dpa, 2.670 usuários de terminais telefônicos efetuaram 13.293 chamadas, que não se completaram.

O disque denúncia sobre violências e abusos sexuais atende não só casos contra clérigos, mas, também, contra pessoas laicas  que trabalham em estabelecimentos católicos.

Depois de quatro meses de cadeia, o clérigo norte-americano Francis Nelson foi transferido para a Índia, denuncia o jornal The New York Times.

O padre Francis Nelson recebeu condenação criminal por ter abusado de uma menina que estava no apartamento da avó, no Brooklyn. 

O jornal The New York Times informa que o padre Francis Nelson não foi afastado das funções e desenvolve atividades pastorais na diocese de Kottar, na Índia.

Para o arcebispo de Kottar, ouvido na matéria jornalística, o padre Francis Nelson já cumpriu a sua pena e, atualmente, trabalha na ajuda de pessoas dependentes de álcool.

–Enquanto isso, os cardeais Tarcísio Bertone, ministro do Estado Vaticano, e o decano Angelo Sodano, — aquele que falou que os ataques contra o papa são “fuxicos”, voltaram a defender Ratzinger.

Bertone, –diretamente envolvido em acusação de acobertar o caso do padre pedófilo Murphyquando quando era o segundo na hierarquia da Congressão para a Doutrina da Fé (ex- Santo Ofício) e subordinado de Ratznger, advertiu que “ os erros de sarcerdotes estão sendo usados como armas para atacar a Igreja”. Na mesma linha Sodano fala em transformar culpa individual em coletiva.

 

Abaixo-assinado contra a visita do papa Bento XVI à Inglaterra.

1. O direito de petição, reclamação, tem origem remota na Magna Carta de 1215. Esse direito é um dos mais sagrados no Reino Unido.

Um site oficial permite que reclamações (petições), por via eletrônica, sejam encaminhadas diretamente ao primeiro-ministro.

Trata-se do site oficial da Downing Street, residência oficial do premiê Gordon Brown.

2. Uma reclamação, até domingo de Páscoa com mais de 11 mil assinaturas, foi preparada para envio  a Gordon Brown e já agita a imprensa britânica.

A reclamação tem alto potencial explosivo. Ou seja, os peticionários não querem  que o governo desembolse 15 milhões de libras esterlinas (mais de 40 milhões de reais) para receber em visita o papa Ratzinger.

A visita está marcada para setembro próximo.

De quebra, os reclamantes querem que o governo reconsidere o convite de modo a “desassociar-se das intolerantes posições do papa Ratzinger”.

Um elenco de posturas dadas como incorretas estão no corpo da reclamação. Segundo os peticionários, o papa Ratzinger é:

(1) contra o igualdade de tratamento legal aos homossexuais;

(2) não admite o uso de preservativos para prevenção da HIV-Aids;

(3) não aceita pesquisas com células tronco;

(4) não reconhece os direitos reprodutivos das mulheres.

Em destaque consta, também, que o papa Ratzinger  “engavetou” casos de pedofilia a envolver clérigos, reabilitou o bispo lefevriano Williamson (negacionista da Shoá e defensor das câmaras de gás nazistas) e deu via livre para se prosseguir no processo de beatificação do papa Pacelli (Pio XII), elevado à categoria de honorável.

A iniciativa é de Peter Tatchell do grupo OutRage, voltado ao reconhecimento de direitos igualitários aos gays, bissexuais, lésbicas e transexuais.

As assinaturas serão recolhidas até o próximo fim de semana. Até ontem, eram 11.417 assinaturas lançadas na reclamatória. Com esse número, a petição ocupa a 13ª posição entre as com mais firmas e encaminhadas ao premiê Gordon Brown.

 

By: Terra.