- Uma mulher foi impedida de fazer um concurso público por causa do sapato que estava usando em Igaraçu do Tietê, a 281 km da capital paulista. Ela argumenta que cumpriu tudo que o edital do concurso exigia, mas não foi aceita e agora o caso foi parar na Justiça. O concurso era para uma vaga de merendeira da Prefeitura, que tem salário mensal de R$ 600,00.
O edital exigia que os candidatos usassem sapato fechado e sem salto para fazer a prova prática, na segunda fase do concurso. A dona de casa Maria José de Oliveira já tinha passado pela prova escrita. Ela foi para a segunda fase do teste usando um calçado de tecido, fechado e sem salto.
- Eu só tinha esse sapato. Não estava com condições de comprar outro sapato e coloquei o que eu tinha - disse.
Segundo ela contou, um fiscal da prova disse que a dona de casa não poderia fazer a prova prática. A empresa organizadora do concurso justificou que a sapatilha não estava de acordo com a exigência do edital. Maria José tem certeza que podia ter feito todas as receitas que eram pedidas. E entrou na Justiça pedindo indenização por danos morais.
- Eu preciso desse emprego, como todo mundo - diz a dona de casa.
A primeira audiência do processo ainda não foi marcada pela Justiça. O advogado da empresa que organizou o concurso reafirmou, por telefone, que a "vestimenta" não estava de acordo com o que foi exigido no edital.
1 comentários: on "É o fim da pica…"
Ou seja, querem para o cargo só quem não precisa do salário. Terceirizar tudo foi uma idéia de gerico que nunca deveria ter chagado à esphera pública.
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