Lula sobre o crime

Quando o humorista Marcelo Madureira, do Casseta & Planeta, disse que o dano causado ao País por Luiz Inácio da Silva demorará décadas para ser reparado, não houve em sua fala qualquer tipo de exagero. A sensação de impunidade que grassa no Brasil é tamanha, que a Justiça muitas vezes ultrapassa os limites do bom senso.

Por determinação do Ministério da Educação, os estudantes que participaram neste final de semana das provas do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, não puderam usar lápis borracha e muito menos relógio. Em relação à questão do lápis e da borracha há uma detalhe técnico que poderia ser resolvido facilmente, mas não é a proibição que mais pesa. A aviltante explicação dada pelo Ministério da Educação para a proibição de relógios é que alguns modelos são capazes de receber informações remotas. O que mostra que o sistema de segurança que cerca o Enem não é dos melhores.

Quando o governo mais corrupto da história política nacional determina restrições absurdas, é porque o chefe da nação considera como criminosos todos os participantes do Enem. O conceito defendido pelo Ministério da Educação leva a interpretações prematuras e absurdas. Situação semelhante acontece nos casos de assaltos em que os meliantes se valem de motocicletas para facilitar a fuga. O que não significa que todo motociclista seja assaltante.

A decisão do Ministério da Educação, que desconhece a teoria do exemplo descendente, nivela por baixo os conceitos existenciais e faz com que todo cidadão que tenha um relógio seja considerado um criminoso. No país da impunidade, só não são criminosos os aloprados que amando de autoridades violaram o sigilo fiscal de adversários políticos dos atuais ocupantes do poder, como forma de intimidar aqueles que ousaram chegar ao posto máximo da nação. De igual modo, criminosos não são os que participaram da malograda operação do Dossiê Cuiabá, os mensaleiros, os abusados da Casa Civil que se refestelaram no rastro financeiro do tráfico de influência e outros tantos punguistas que se valem dos respectivos cargos para enriquecer.

By: Ucho.Info


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1 comentários: on "Lula sobre o crime"

Nanael Soubaim disse...

O Enem em si é uma aberração, o que vemos é uma aberração atropelada por um Fenemê. Fica tão caro assim... É, fica. Não financeiramente, mas capacitar todos os alunos e abrir vagas suficientes pode arruinar a carreira de quase todos os políticos do país.

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