O Bibliotáxi, lançado nesta semana pelo motorista Antônio Miranda na cidade de São Paulo, é a ideia mais simples que podem mudar a vida do cidadão que sobrevive numa cidade grande.
Ele transformou seu táxi numa pequena biblioteca, a partir de livros doados por seus passageiros. Os livros ficam à disposição não apenas para ser lidos durante a corrida. Podem ser levados para casa e, depois, entregues para outra pessoa ou devolvidos para o táxi. A comunidade ajuda a manter o estoque e estimula novas doações. A ideia agora é envolver novos motoristas.
Isso significa que, se essa ideia der certo, podem-se criar, sem nenhum custo, centenas de bibliotecas móveis por uma cidade. Imagine se, no Brasil, ideias desse tipo pudessem pegar não apenas num táxi, mas nos ônibus. Nos metrôs já existe, no entanto, não existem metrôs por todo país.
Leia abaixo a matéria completa retirada do Catalivre:
Nascido e criado na Vila Madalena, tradicional bairro da zona oeste de São Paulo, o taxista Antonio Miranda, de 50 anos, possui uma característica pouco comum entre os seus colegas de trabalho: é admirador das obras do antropólogo Darcy Ribeiro. “Miranda”, como é conhecido entre os habituais passageiros e amigos da região, também cultiva o costume de ler livros ligados à História do Brasil, sobretudo aqueles que se referem aos obscuros anos de ditadura militar. Por tudo isso, ele é um dos dez participantes do programa “Bibliotaxi” que passa a ser implantado a partir desta segunda-feira.
Brunno Marchetti - Incentivo à leitura nos táxis de São Paulo
O projeto, idealizado por Lincoln Paiva (Presidente do Instituto Mobilidade Verde), tem por objetivo promover o fomento à leitura e à educação, estimulando a troca de obras entre os passageiros dos táxis. Iniciativa que conta com a aprovação e apoio de Miranda: “Acho que é um projeto muito interessante, porque as viagens terão um propósito maior, que é a disseminação da leitura entre as pessoas. Precisamos desenvolver esse importante costume no Brasil, que já é prática em outros países”.
Acostumado a uma rotina marcada pela correria da capital paulista, Miranda destaca que além de tornar a viagem dos passageiros mais agradável, a campanha também proporcionará aos leitores o que os livros têm de melhor: a magia da literatura. “Os livros conseguem transmitir aos leitores um mundo lúdico, onde é possível viver suas histórias. Isso contribuirá para que as pessoas se atentem menos a questões profissionais e outras obrigações”, explica.
Há 22 anos entre uma corrida e outra, o taxista transporta diariamente de 12 a 15 passageiros. Média que permite uma previsão otimista, se levada em consideração a rotatividade dessas obras. “Se pensarmos que o livro adquirido pelo passageiro chegue às mãos de outras pessoas, seja circulado por aí, então estaremos cumprindo o nosso papel”, finaliza Miranda.
Bom demais, não?
1 comentários: on ""Bibliotáxi""
Sim, bom, mas assim acabará tendo que trocar o Corsa por um Dobló.
Postar um comentário
Oiêee!
Obrigada por visitar meu blog. Volte sempre.