Broches com imagens de ladrões, prostitutas e violência policial que estão sendo vendidos como suvenires em museus de Barcelona estão causando polêmica por mostrar um lado marginal e pouco turístico da cidade espanhola.
Os suvenires estão à venda nas lojas do Museu de Arte Contemporânea de Barcelona e no Museu de História de Barcelona, mas devem acabar sendo ser recolhidos em breve por determinação da prefeitura.
Um porta voz do governo municipal disse nesta terça-feira que ambos centros culturais já foram advertidos de que estão proibidos de continuar vendendo a coleção porque "esta não é a imagem que um órgão público quer projetar de Barcelona".
A coleção de broches chamada Enjoy Barcelona foi criada pelos artistas plásticos e arquitetos catalães Arcadi Royo e Marga Montoya.
Os broches em preto e branco retratam, em seis modelos, cenas cotidianas, algumas violentas: um ladrão que rouba uma bolsa e sai correndo e a agressão da polícia local sobre um cidadão.
Também há cenas retratando prostituição e o comércio ambulante ilegal.
Cada souvenir recebeu ainda um nome que ironiza a situação desenhada no broche.
Os vendedores de bebida, mercado normalmente dominado imigrantes de Índia e Paquistão, foi chamado de "servesa-bier?", imitando a forma de falar dos camelôs.
Os criadores da coleção afirmaram que a inspiração surgiu das cenas reais e frequentes na cidade. "É uma realidade que algumas pessoas querem esconder, mas é verdadeira. Existe e está aí todos os dias", disse Arcadi Royo à imprensa espanhola.
"Quantas vezes nos vemos em situações como essas? Prostitutas que perseguem homens pelas ruas, bolsas que são levadas por ladrões e agressões policiais a manifestantes pacíficos? Realmente, estes broches são uma denúncia de uma realidade", disse.
Mesmo com a retirada dos suvenires das lojas dos museus, os artistas plásticos afirmam que a coleção continuará sendo vendida em outros pontos da cidade.
By: BBC Br.
1 comentários: on "Broches marginais"
Quanta falta de criatividade! Por aqui a variedade de broches beiraria o infinito.
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Oiêee!
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