Pôneis malditos, pôneis malditos, lalala...
Lançada em julho, a campanha "Pôneis Malditos", da Nissan, foi, até agora, a que gerou mais buzz e mídia espontânea para a marca desde que deu início à sua agressiva estratégia de marketing.
No filme, criado pela Lew’Lara/TBWA, a montadoradeprecia motores concorrentes comparando-os a animados pôneis. Cantada pelos animaizinhos, a grudenta trilha sonora incluía um sarcástico "Te quiero" e apresentava uma "maldição", que podia ser desfeita por meio das instruções em um aplicativo lançado na versão online da ação.
Com mais de 13 milhões de visualizações no YouTube e cerca de 500 comunidades criadas no Orkut, o comercial permaneceu no topo dos trending topics do Twitter durante dois dias inteiros no Brasil. No ranking global, também emplacou rapidamente.
Depois de receber 30 denúncias, "Pôneis Malditos" passou a ser investigada pelo Conar por fazer a associação de figuras infantis - no caso, os pôneis em desenho animado - com a palavra "malditos". Julgada no final de setembro, a campanha escapou das punições do órgão por unanimidade de votos.
Skol: duas derrotas para a mesma campanha
No início de setembro, o Conar reafirmou a decisão já tomada em julho deste ano, quando julgou e reprovou a campanha "Skol - Monstros do Pântano".
O comercial, que mostrava três jovens bebendo cerveja e um suposto monstro atacando o trailer dos rapazes e roubando uma caixa da bebida, trazia atores maiores de idade, conforme comprovaram por documentação a AmBev e a F\Nazca, agência que criou o filme.
O problema, segundo o Conar, foi que eles não tinham aparência de jovens maiores de idade. Por esse motivo, o órgão pediu à AmBev que alterasse o filme, trocando o atores. A AmBev recorreu da decisão.
Julgada novamente, a representação teve a recomendação mantida pelo Conar, que justificou afirmando que o código de autorregulamentação publicitária recomenda que os atores que aparecem em peças publicitárias tenham idade maior do que 25 anos e também aparentem ter essa faixa etária.
McDonald's: duas vitórias na campanha Rio
Aberto em abril deste ano após uma denúncia do Instituto Alana, o processo questionava uma propaganda do McDonald's exibida durante os trailers do filme Rio. O comercial dizia que na compra de um combo do McLanche Feliz, a criança levaria um brinde de um dos personagens do filme.
Para o Instituto Alana, tratava-se de uma ação abusiva, já que não havia clara delimitação entre as falas dos personagens do filme e os fins comerciais do anúncio.
Após ser julgado, em junho, o caso teve arquivamento por unanimidade, fato que provocou a ira do Instituto Alana não só pela decisão contrária, mas pelo tratamento dado ao Instituto pelo Órgão, entendido como desrespeitoso, já que o texto que trazia a decisão dizia que o Alana era uma bruxa que "odeia criancinhas" e que, no Brasil, ao contrário do que acontece nos Estados Unidos, "McDonald's não é vício, é aspiração"
Pela amplitude alcançada pelo caso e, segundo o Conar, por se tratar de um assunto que envolve crianças e adolescentes, o processo foi reaberto em julho e julgado novamente em setembro, quando foi arquivado.
De acordo com o Conar, a peça exibida pelo McDonald's antes do filme era claramente inserida como uma propaganda, motivo pelo qual entendeu-se que não havia possibilidade de haver confusão entre propaganda e filme.
Bombril: cerca de 300 homens ofendidos
Cerca de 300 pessoas - em que apenas 20 são mulheres - recorreram ao Conar contra os filmes da campanha "Mulheres Evoluídas", da Bombril. Onúmero foi um dos recordes de reclamações já feitas na história do órgão.
Nos comerciais, Dani Calabresa, Marisa Orth e Monica Iozzi satirizam os homens e ensinam lições de “adestramento" do sexo oposto.
Os apelos pela retirada dos comerciais, vindos de todo o Brasil, consideravam os anúncios sexistas e discriminatórios contra homens.
Aberto no dia 17 de março deste ano sem pedido de liminar, o processo foi julgado em 5 de maio, quando, por decisão unânime, decidiu-se pela manutenção dos filmes no ar.
Pela quantidade de reclamações recebidas pelo Conar, no entanto - e como elas continuaram após o primeiro julgamento -, o órgão voltou a examinar o caso em julho, quando a decisão do dia 5 de maio foi reafirmada.
De acordo com o julgamento do Conar, os comerciais são bem-humorados e usam recursos próprios da publicidade, como o exagero, sem demonstrar riscos aos consumidores.
By: Exame
1 comentários: on "CENSURA: mais viva do que nunca"
Discordo. Censura é quando vocês estão no poder, enquanto nós estirermos no poder é regulamentação politicamente correcta... E pronto!
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Oiêee!
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