Erros irritantes

Recebi de um amigo, por email, uma lista com os termos usados pelos piracicabanos.
Tentei postar aqui prá vocês lerem mas, não dá!!! Fui corrigir o português e a digitação e me estressei. É triste mas a internet tem hora que me parece que tem mais emburrecido seus usuários do que ensinado. As pessoas deixaram de escrever bem e com cuidado. Erros de português são uma constantemente, tanto em jornais on line, como em revistas, só para citar alguns. Deveria ser ao contrário, não? Confesso que de tanto ler na net, também tem hora que me vejo na maior dúvida. Dá um branco. Mas, ao contrário de muitos, recorro ao meu velho amigo dicionário, Caldas Aulete. Que mal há nisso? Nenhum, não é? Os blogueiros, principalmente deveriam tomar mais cuidado. De uns tempos prá cá tenho visto a maioria das pessoas escreverem a pontuação erroneamente. Dá nos nervos. De onde tiraran que ponto de exclamação, interrogação e vírgula se digita depois de dar um espaço? Tenham dó!!! Ok, muita gente não aprendeu a tão antiga 'datilografia', que hoje é a mesma coisa que digitação (ao menos o básico), mas convenhamos é um horror! E o pior é que, contra isso, sempre foi meu argumento que, para o ponto final ninguém usava espaço. No entanto, hoje percebi que o coitado foi contamidando também. Haja paciência. Que tal lermos um pouco mais, mas leituras boas e sérias? Se quiserem aprender um pouquinho basta ler alguns bons livros e verão que, praticamente, não há erros de português e nem a tal moda de dar espaço aos pontos. Se for seguir meu conselho, pelo AMOR DE DEUS, não leiam Paulo Coelho. Ele é Jack, o Estripador, o assassino mais famoso da nossa língua. Que tal Zélia Gattai, J. G. de Aráujo Jorge, Drummond, Miguel de Cervantes, só para citar alguns?

Veja se estou exagerando:

AS "PÉROLAS" DE PAULO COELHO
Extraídas do livro "O Alquimista" (159ª. edição — Ed. Rocco)

1. "Lembrou-se da espada — foi um preço caro contemplá-la um pouco, mas também nunca tinha visto algo igual antes." (Pág. 71)

Preço caro é erro indecoroso. Caro já significa de preço elevado. O correto é dizer que o produto está caro ou o preço está alto, exagerado, excessivo (o que não é nenhuma novidade hoje em dia).

2. "Haviam certas ovelhas, porém, que demoravam um pouco para levantar." (Pág. 22)

Não há registro, em nossa literatura, de nenhum outro escritor que tenha empregado haver no plural, com o sentido de existir . Não se pode atribuir a culpa ao revisor, uma vez que esse modelo de concordância aparece mais de dez vezes em todo o livro.

Demorar , no sentido de tardar, custar, usa-se com a, e não com para: Demorou a retornar à casa dos pais .

Levantar é sinônimo de erguer; levantar-se é que significa pôr-se de pé.

3. " dois dias atrás você disse que eu nunca tive sonhos de viajar." (Pág. 86)

A impressão que fica é que PC adora brincar de escrever português. Qualquer pessoa com dois dedinhos de leitura descontraída sabe que e atrás não combinam.

"Há dois dias atrás" é expressão redundante, pois a idéia de passado já está contida no verbo haver, sendo desnecessário o uso do advérbio atrás . A excrescência também ocorre nas páginas 103, 133, 161, 210, 242...

4. "O teto tinha despencado muito tempo, e um enorme sicômoro havia crescido no local que antes abrigava a sacristia." (Pág. 21)

" Fazia aquilo anos, e já sabia o horário de cada pessoa." (Pág. 76)

Definitivamente o verbo haver é uma enorme pedra no sapato do nosso alquimista. Quando o verbo haver é usado com outro no tempo imperfeito (ou mais-que-perfeito), emprega-se havia, e não : "Quando você chegou, eu já estava na sala havia cinco minutos". (Arnaldo Niskier)

O mesmo erro encontra-se ainda nas páginas 22, 83, 133, e 157...
...



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