Impossível não postar o artigo na íntegra. Desculpem-me. É bom que todos fiquem atendos e por dentro da 'farra' que é a nossa política. Necessário se faz, também aqui, registrar esse absurdo. Mas, a culpa em parte é nossa. E como é. Somos nós que os colocamos lá, somos nós que permitimos esses 'assaltos' aos cofres públicos e somos nós que não exigimos um basta.
Em plena crise financeira, alguns gastos de instituições públicas chamam a atenção. Só este ano, a lista de compras é curiosa e variada. Há desde gastos com algemas de plástico, na Câmara, até lençol de mais de R$ 500 na Presidência da República, além de muito dinheiro para festividades no Senado. O levantamento foi feito pela ONG Contas Abertas, com base no Siafi, o Sistema de Acompanhamento Financeiro do governo.
As compras feitas são bastante diversificadas. O comando do Exército na Amazônia, por exemplo, gastou em março, mais de R$ 2 mil com 720 garrafas de cerveja.
Na Presidência da República, a preferência foi por bebida não alcoólica. Quase R$ 18 mil foram gastos com quase 13 mil latas de refrigerantes variados; R$ 5,5 mil com 15 lençóis; outros lençóis, hospitalares e descartáveis, custaram quase R$ 40 mil. Com curativos anti-sépticos, a Presidência gastou R$ 543.
A Presidência da República reservou R$ 11,8 mil para o café de Lula, convidados e assessores até o final do ano. O quilo do “Gourmet”, 100% arábica, custa R$ 14. Só dele são 520 pacotes.
O Supremo Tribunal Federal, em março, não economizou nas cadeiras: gastou mais de R$ 265 mil com modelos com encosto médio e alto e cadeiras giratórias.
Na Câmara, a preocupação foi com a segurança. Em fevereiro, foram compradas 1.200 algemas... de plástico! Neste ano ninguém foi preso no prédio. No Senado, chamam a atenção os gastos com comemorações. Em fevereiro, quando José Sarney assumiu a presidência da Casa, foi contratada uma banda por R$ 4 mil, e outros R$ 38 mil foram usados para pagar serviço de bufê.
A Câmara dos Deputados e o Senado Federal empenharam parte de seu orçamento de abril para gastos inexplicáveis. A Câmara gastou R$ 8.000,00 na compra de 3,2 mil panos de prato. Já o Senado Federal despendeu R$ 319 mil na compra de equipamentos eletrônicos.
O Senado também reservou R$ 49,7 mil para a compra de 6 mil detergentes, 4 mil esponjas, 4,7 mil sabões de coco, 180 colheres de pau, 1,5 mil colheres para café, 1,4 mil para chá, 6,1 mil copos de vidro e 3 mil xícaras com pires em porcelana branca.
Outros R$ 24,3 mil foram destinados à compra de 3,2 mil frascos de adoçante, 1,2 mil coadores de flanela para café, mil garrafas térmicas, 40 torneiras de barro e 70 unidades de depósito para mantimentos em "alumínio lixado e resistente".
O Senado investiu também em equipamentos eletrônicos: foram R$ 319 mil na compra de 10 gravadores, dois teclados com joystick, um monitor LCD e dois switchs. O órgão também empenhou R$ 3 mil para a aquisição de cinco coroas de flores. É um festival!
Segundo a ONG Contas Abertas, em 2008, os R$ 430 mil gastos com celebrações no Senado foram semelhantes aos investimentos do Ministério da Educação com projetos do programa qualidade na escola que recebeu R$ 426 mil para programas relacionados ao ensino médio. No geral, o ano passado, a União gastou com festas e homenagens R$ 22 milhões. Por lei, são dispensadas de licitação as compras e contratos com valor inferior a R$ 8 mil.
"Nossa ONG não está questionando a legalidade do gasto, mas sim a qualidade e a prioridade do gasto - pois para cada gasto desse supérfluo, inusitado, extravagante, nós podemos comparar com importantes programas do governo" - diz Gil Castelo Branco, da ONG Contas Abertas.
Contrapontos
O Exército informou que as cervejas foram compradas para a comemoração do aniversário do primeiro Batalhão de Infantaria de Selva, que fica na Amazônia. A Presidência da República informou que os gastos com refrigerante foram feitos por meio de licitação. Para atender às autoridades e aos servidores que trabalham depois do horário de expediente, às visitas presidenciais feitas por chefes de estado e a diversos eventos realizados na Presidência, Vice-Presidência e residências oficiais.
Sobre os lençóis hospitalares, a Presidência informou que é para o uso nas dependências da coordenação de saúde e para as viagens oficiais. Os outros lençóis são para as residências oficiais da Presidência da República e foram comprados sem licitação porque o valor era baixo.
By: Espaço Vital. As compras feitas são bastante diversificadas. O comando do Exército na Amazônia, por exemplo, gastou em março, mais de R$ 2 mil com 720 garrafas de cerveja.
Na Presidência da República, a preferência foi por bebida não alcoólica. Quase R$ 18 mil foram gastos com quase 13 mil latas de refrigerantes variados; R$ 5,5 mil com 15 lençóis; outros lençóis, hospitalares e descartáveis, custaram quase R$ 40 mil. Com curativos anti-sépticos, a Presidência gastou R$ 543.
A Presidência da República reservou R$ 11,8 mil para o café de Lula, convidados e assessores até o final do ano. O quilo do “Gourmet”, 100% arábica, custa R$ 14. Só dele são 520 pacotes.
O Supremo Tribunal Federal, em março, não economizou nas cadeiras: gastou mais de R$ 265 mil com modelos com encosto médio e alto e cadeiras giratórias.
Na Câmara, a preocupação foi com a segurança. Em fevereiro, foram compradas 1.200 algemas... de plástico! Neste ano ninguém foi preso no prédio. No Senado, chamam a atenção os gastos com comemorações. Em fevereiro, quando José Sarney assumiu a presidência da Casa, foi contratada uma banda por R$ 4 mil, e outros R$ 38 mil foram usados para pagar serviço de bufê.
A Câmara dos Deputados e o Senado Federal empenharam parte de seu orçamento de abril para gastos inexplicáveis. A Câmara gastou R$ 8.000,00 na compra de 3,2 mil panos de prato. Já o Senado Federal despendeu R$ 319 mil na compra de equipamentos eletrônicos.
O Senado também reservou R$ 49,7 mil para a compra de 6 mil detergentes, 4 mil esponjas, 4,7 mil sabões de coco, 180 colheres de pau, 1,5 mil colheres para café, 1,4 mil para chá, 6,1 mil copos de vidro e 3 mil xícaras com pires em porcelana branca.
Outros R$ 24,3 mil foram destinados à compra de 3,2 mil frascos de adoçante, 1,2 mil coadores de flanela para café, mil garrafas térmicas, 40 torneiras de barro e 70 unidades de depósito para mantimentos em "alumínio lixado e resistente".
O Senado investiu também em equipamentos eletrônicos: foram R$ 319 mil na compra de 10 gravadores, dois teclados com joystick, um monitor LCD e dois switchs. O órgão também empenhou R$ 3 mil para a aquisição de cinco coroas de flores. É um festival!
Segundo a ONG Contas Abertas, em 2008, os R$ 430 mil gastos com celebrações no Senado foram semelhantes aos investimentos do Ministério da Educação com projetos do programa qualidade na escola que recebeu R$ 426 mil para programas relacionados ao ensino médio. No geral, o ano passado, a União gastou com festas e homenagens R$ 22 milhões. Por lei, são dispensadas de licitação as compras e contratos com valor inferior a R$ 8 mil.
"Nossa ONG não está questionando a legalidade do gasto, mas sim a qualidade e a prioridade do gasto - pois para cada gasto desse supérfluo, inusitado, extravagante, nós podemos comparar com importantes programas do governo" - diz Gil Castelo Branco, da ONG Contas Abertas.
Contrapontos
O Exército informou que as cervejas foram compradas para a comemoração do aniversário do primeiro Batalhão de Infantaria de Selva, que fica na Amazônia. A Presidência da República informou que os gastos com refrigerante foram feitos por meio de licitação. Para atender às autoridades e aos servidores que trabalham depois do horário de expediente, às visitas presidenciais feitas por chefes de estado e a diversos eventos realizados na Presidência, Vice-Presidência e residências oficiais.
Sobre os lençóis hospitalares, a Presidência informou que é para o uso nas dependências da coordenação de saúde e para as viagens oficiais. Os outros lençóis são para as residências oficiais da Presidência da República e foram comprados sem licitação porque o valor era baixo.
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